segunda-feira, 28 de março de 2011

A escola como meio de transformação - Letramento, correio e comunidade


“Educar a mente sem educar o coração não é educação.” ~ Aristóteles


Há alguns anos atrás  tive o prazer de conhecer o Pr. Nathaniel, diretor do Lar Batista Esperança (LBE) em Curitiba/PR. Aos poucos fui conhecendo mais sobre o trabalho ali desenvolvido e confesso que acabei me apaixonando pela obra.
Hoje, tenho o prazer de mostrar aqui este belo trabalho. São mais de 20 anos trabalhando em prol destas crianças.
Existem projetos que dependem de ajuda financeira e muitas oportunidades para quem desejar ajudar a melhorar a qualidade de vida destas crianças (segue mais abaixo).
O vídeo abaixo mostra o trabalho do LBE. 




Algumas escolas fazem visitas para mostrar a seus alunos o quanto são privilegiados, mas pelo que sei não há um envolvimento maior por parte destes com as crianças do lar.
Será que nossas escolas não podem oferecer algo a mais?
Será que é esta a meta de nossa educação?
Não seria interessante criar um programa que viesse a beneficiar ambas as crianças?
Leio tanto sobre problemas de alfabetização... Está aí uma grande oportunidade.
Minha filha aos 7 anos escreveu um livrinho para as crianças do LBE e o português dela não era dos melhores, mas o livrinho que escreveu foi de coração. Ela ficou feliz em poder escrever algo para estas crianças.
Era uma estorinha sobre uma borboleta e ela mesma a ilustrou.
Em cada página haviam 2 frases e uma ilustração.
Ela também escrevia cartas. E vejam que não moramos no Brasil.
Será que as escolas brasileiras não poderiam oferecer um programa onde seus alunos pudessem escrever estorinhas, poesias, livrinhos,cartinhas e enviar para as crianças nos orfanatos?
Quem sabe também um desenho.
Vejam a oportunidade de incentivar nossas crianças a escrever, o incentivo à criatividade e o exercício do amor ao próximo.
Peço aos professores, pais e alunos que pensem sobre este assunto.
Que a base de nossa educação seja o aproveitamento de nosso conhecimento em benefício do próximo e da sociedade como um todo. 



quarta-feira, 9 de março de 2011

E se as crianças governassem, o mundo seria melhor?

A pergunta de minha filha soou forte. Principalmente porque nesta mesma semana as notícias eram:  protestos no Egito e a derrubada de Hosni Mubarak, protestos na Líbia e o massacre aéreo de civis por Muammar al-Gaddafi, navios do Irã desfilando no Canal de Suez numa demonstração de poder, placa na cidade de Natal proibindo as pessoas de alimentar animais abandonados num parque e por aí vai...
Refleti por alguns instantes e me lembrei de certas crianças que deixaram seus nomes gravados na história da humanidade: Severn Cullis Suzuki (12 anos), Ryan Hreljac - (6 anos), Ryan WhiteLouis BrailleIqbal Masih, o poeta de 3 anos, Mattie JT Stepaneck , Nkosi JohnsonSamantha Smith (10 anos), Tyler Page (10 anos), Jonathan Lee (13 anos)  Anne Fran(13 anos) e tantas outras...
Me veio a mente também um projeto no qual minha filha participou quando tinha 10 anos.
Foi um trabalho desenvolvido pelo colégio “Massada College” para o projeto de Remodelação de Glenside (Glenside Redevelopment project). Para conhecer melhor o projeto é só procurar por “Glenside Campus Redevelopment Designs” no youtube.
Das 4 opções oferecidas pelo governo (construção de um “playground”, áreas úmidas, parque ou pátio), as crianças optaram pelo “playground” e o tema escolhido para o trabalho foi “Inclusão”.
Pensei na capacidade destas crianças (minha filha e seus colegas de 10-12 anos).
Observem os detalhes.

Fig.1                                                                          Fig.2
Fig.3                                                                          Fig.4
    
O trabalho se deu fora e dentro da sala de aula.

Trabalho fora da sala de aula:
  1. Visita ao local onde será construído o “playground” para conhecer a área destinada ao mesmo e seus arredores.
  2. Visita a um parque infantil para analisar o que o respectivo parque oferecia em termos de divertimento e proteção (cercas, pisos).
Trabalho em sala de aula: 

Os alunos foram divididos em 4 grupos, onde cada grupo desenvolveu um "design" para o “playground” (fig.2 - grupo de minha filha). Mais tarde os grupos se reuniram para trocar idéias e elaborar o "design" final (Fig.1).

As figs. 3 e 4 mostram respectivamente as oportunidades oferecidas e as zonas de atividades.

O círculo representa a Inclusão e foi dividido em 4 áreas:

 Jardim Sensorial - Composto  por uma gruta de fadas e gnômos com cartazes escritos “Tato”, “Olfato”, “Visão” e “Audição” em diferentes idiomas e uma variedade de plantas tais como: Lavanda e lírios (olfato), Margaridas (visão), samambaias (tato) e “African Fountain grass”, um tipo de grama (audição). As crianças incluíram outras plantas, mas como a maioria não consegui traduzi-las, as omiti aqui.

Área de recreação passiva - Um tabuleiro gigante de Xadrez,  riacho com pedras e uma roldana para direcionar a água e alguns equipamentos para exercícios físicos.

Área de recreação ativa - 3 playgrounds (para crianças pequenas, crianças maiores e crianças com deficiência física). Para diferenciar os playgrounds, as crianças optaram por pisos de cores diferentes.
Estes também foram escolhidos de maneira que tivessem uma textura apropriada (para amortecer a queda).

Área de Piquenique - Inclui banheiro, monte, espaços para sentar, lugares para brincar e um palco para apresentações. 
No centro do "playground" há também uma área coberta (pérgola) com lugares para sentar e debaixo dela, um tanque de água para todos os recursos hidráulicos (chafarizes, banheiro, etc..).

Em volta do "playground", os alunos projetaram uma cerca com diversos jogos e estorinhas infantis (na parte interior) para que pais pudessem ler para seus filhos.

Por fim veio o arquiteto conversar com as crianças sobre o “design” elaborado.

Espero que os adultos responsáveis pelo projeto aproveitem algo do trabalho destas crianças, bem como do trabalho das crianças dos outros 2 colégios que também elaboraram um design para o “playground” (cada colégio apresentou o seu).

Visto o acima exposto e meditando no trabalho das crianças mencionadas aqui no blog, cheguei a conclusão que se as mesmas estivessem hoje governando, por sua tenacidade, sensibilidade e seriedade, nosso mundo poderia estar a um passo da: abolição de armas nucleares, distribuição de água potável para todos, término da fome, respeito por todos os seres vivos e a natureza, abolição da escravidão (infelizmente ainda existe e grande parte são crianças), fim da discriminação e a caminho da paz.

Eu fico com elas!


quarta-feira, 2 de março de 2011

Mude o mundo em 5 minutos todos os dias na escola

Gostaria de agradecer a Tristan Bancks, por me deixar postar seu vídeo sobre 
como mudar o mundo em 5 minutos através de programas escolares.
Tristan é ator, escritor, diretor e cineasta e se dedica também a causas humanitárias.
O vídeo se encontra em inglês e traz 5 programas de 5 minutos que contribuem para melhorar o nosso mundo. 
As imagens dizem tudo.


Recomendo muito o website dele onde ele inclui páginas para professores com sugestões de lições voltadas a ação comunitária, questões ambientais e como os alunos podem  fazer seus próprios filmes sobre questões com as quais se preocupam.
O site está em inglês, mas se pode traduzi-lo usando um tradutor de textos da internet.
Deixo aqui dois que geralmente uso, mas talvez hajam outros melhores.


Tenho certeza que cada um poderá olhar para sua comunidade e ver o que pode ser feito para melhorar a qualidade de vida dos demais e sugerir alguns programas para as escolas. 
Converse com os professores.
Uma comunidade prospera quando há uma boa interação entre escola e comunidade.