quarta-feira, 11 de março de 2020

Ajuda nas chamas

Foto ilustrativa

Após uma onda de catástrofes que assolou a Austrália neste verão, gostaria de mostrar a vocês como as pessoas se levantam.

Vou começar falando sobre a ONG BlazeAid, uma organização sem fins lucrativos que trabalha com indivíduos nas áreas rurais de toda a Austrália.

Poucos dias após a ocorrência de algum desastre natural, BlazeAid organiza acampamentos nas áreas afetadas e fornece material, trabalho voluntário, assistência financeira e espírito comunitário para os fazendeiros afetados. 
Seus voluntários ajudam a reconstruir vidas. Eles auxiliam na reconstrução das estruturas e das cercas destruídas ou danificadas pelas catástrofes, trazendo esperança para esta gente.

Lamentavelmente, para alguns desses fazendeiros, esta não é a primeira vez que passam por uma situação devastadora, portanto essa ajuda é primordial e é um dos motores para incentivá-los a seguir adiante, apesar de todas as perdas. Alguns deles, além de terem perdido tudo, incluindo suas casas, também se encontram em situação financeira difícil devido às secas na região.

De acordo com um artigo do ABC, até o dia 5 de fevereiro, BlazeAid já havia criado 25 acampamentos nos estados de SA, NSW (Nova Gales do Sul) e Victoria.

Vou aproveitar o post anterior sobre os incêndios em SA (Austrália do Sul) para mostrar a vocês o que estes voluntários estão fazendo por aqui.

Vocês se lembram que na península de Yorke 11 propriedades foram queimadas?

Pois bem, BlazeAid foi lá para prestar auxílio. Em uma semana, com a ajuda do pastor local e do prefeito, a ONG organizou um acampamento na igreja de Edithburgh (um ex-colégio)  que contou com a participação de 230 voluntários: moradores, aposentados que viajavam pelo país em seus trailers, pessoas de férias e indivíduos que tinham conexão com o lugar. 

A missão teve como foco remover os muros de pedra construídos ao longo de mais de 100 anos, ao passo que os fazendeiros removiam progressivamente as rochas e as colocava ao lado das cercas divisórias.

Até o dia 5 de fevereiro, cerca de 30.000 toneladas de rocha haviam sido realocadas com a assistência de uma empresa que ofereceu descontos. De acordo com Ms Warren, BlazeAid pagou 50% dos custos referentes à remoção do muro e mais 50% dos custos ligados à escavação dos futuros buracos que estavam sendo cavados para a reconstrução das cercas divisórias.

Após a remoção das pedras, em um só dia, os voluntários da ONG construíram mais de 7 km de cerca.

A ONG também contou com a ajuda da Viterra, uma empresa que lida com armazenagem. A empresa, que juntamente com os produtores já havia doado fundos para que BlazeAid pudesse comprar diversas carretinhas, também ofereceu um espaço para que a ONG pudesse guardá-las. Essas carretinhas servem para carregar material, ferramentas e equipamentos necessários para as operações realizadas pela ONG. 

Em Kangaroo Island (KI), onde metade da ilha foi devastada pelo fogo, aproximadamente 80 voluntários do BlazeAid seguem trabalhando diariamente para remover e reconstruir os 600 km de cercas queimadas. Eles se reúnem muito cedo e logo saem para trabalhar.

Em geral, a idade média dos voluntários dessa ONG é de 66 anos, o que mostra que idade tampouco é documento. No entanto, na ilha, a idade média no momento é de 44, pois muitos jovens resolveram aderir.
Dentre os voluntários se encontram também indivíduos portadores de outras nacionalidades. Alguns deles, mochileiros, os quais levarão consigo experiências inesquecíveis.

Até o dia 21 de fevereiro estes voluntários haviam removido 30 km de cerca, assim que estima-se que o trabalho poderá levar mais de 6 meses. Vocês podem ver o trabalho deles aqui.

E agora, vamos para Adelaide Hills. Se lembram dos incêndios por lá?

BlazeAid montou um acampamento em Lobethal e se pode ver um pouco do trabalho deles com voluntários da comunidade, aqui

Para quem quiser acompanhar o trabalho da ONG, segue abaixo os sites.

BlazeAid 


BlazeAid em Kangaroo Island


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